Por que os cientistas de alimentos estão entusiasmados com um corante alimentar azul natural
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Por que os cientistas de alimentos estão entusiasmados com um corante alimentar azul natural

Aug 08, 2023

Pigmento azul.

Como as pessoas tendem a comer primeiro com os olhos, a aparência visual dos alimentos é importante. Os corantes alimentares têm a capacidade de transformar substâncias simples em criações intrigantes que atraem seus olhos e o incentivam a dar uma mordida. Agora, os pesquisadores descobriram uma nova coloração azul brilhante que pode ser uma alternativa natural aos corantes sintéticos.

A demanda por corantes alimentares naturais está crescendo porque os consumidores estão preocupados com os corantes sintéticos e o impacto em sua saúde. Espera-se que o mercado de corantes alimentícios naturais valha US$ 3,2 bilhões até 2027. Há buscas em andamento na indústria por corantes alimentícios brilhantes que também sejam naturais, como o azul ciano.

Os corantes alimentares naturais geralmente vêm de vegetais e frutas, mas um azul verdadeiro é mais difícil de obter em comparação com outras cores. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis (UC Davis), explicam que os corantes azuis que as pessoas costumam ver nos alimentos são, na verdade, vermelhos ou roxos.

A descoberta de uma nova coloração azul ciano, que os pesquisadores obtiveram do repolho roxo, cria diferentes oportunidades. Pode se tornar uma alternativa aos corantes sintéticos, como o azul brilhante FD&C Blue No. 1. O azul ciano também pode ser misturado a outros corantes naturais para criar cores mais vibrantes.

O repolho roxo contém antocianinas, que são pigmentos solúveis em água. As antocianinas azuis existem em pequenas quantidades dentro do repolho roxo, por isso não faz sentido comercial tentar extraí-las para a indústria alimentícia. No entanto, os pesquisadores usaram enzimas para converter outras antocianinas no repolho roxo para a cor azul. Isso lhes permitiu extrair grandes quantidades da coloração azul.

Dois dos pesquisadores envolvidos na descoberta da UC Davis, Pamela Denish e Justin Siege, criaram uma startup chamada Peak B para explorar aplicações comerciais para o corante alimentar. Mars Advanced Research Institute e Mars Wrigley Science and Technology também estiveram envolvidos no processo de pesquisa.

Apesar da aprovação da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, o uso de corantes alimentares sintéticos é controverso. Por exemplo, o FD&C Blue No. 1 costumava ser feito de alcatrão de hulha, mas agora geralmente é obtido de uma base de óleo.

O corante azul artificial solúvel em água FD&C Blue No. 1 aparece em muitos produtos, desde bolos até medicamentos. Estudos analisaram as preocupações de que o corante artificial pode aumentar o risco de transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) em crianças, mas o FDA o considera seguro.

No entanto, a demanda do consumidor por corantes alimentares naturais continuará desafiando a indústria e pressionando por mais inovações que possam substituir os pigmentos sintéticos.